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Ana Arraes diz que já esperava vitória para vaga no TCU
Wilson Dias/ABr
A deputada federal Ana Arraes (PSB-PE) afirmou nesta quarta-feira que já esperava a vitória na disputa em que foi eleita ministra do Tribunal de Contas da União (TCU) pelo plenário da Câmara, mas que não podia declarar isso antes da eleição. Ela disse que já tinha um cálculo de 20% de defecção entre o seu eleitorado na Câmara, o que lhe daria 180 votos no plenário. Arraes acabou obtendo 222 votos, o que na opinião dela mostra que não houve traição. A deputada também rebateu as críticas de que houve uso da máquina do governo de Pernambuco, estado onde o governador é Eduardo Campos, filho de Ana Arraes e principal cabo eleitoral da mãe.
"O trabalho foi feito com muita gente. Muita gente ajudou", disse a deputada, acrescentando:
"Eu fiz campanha respeitando os meus adversários. Eu espero que meus colegas respeitem a minha vitória. Não desmereço nenhum dos meus adversários".
Ela foi questionada sobre a importância do filho, ao que respondeu:
"A importância do Eduardo Campos na minha vida, e a minha na dele é enorme. Muito maior do que qualquer notícia de jornal".
Ana Arres também foi indagada se sua vitória era uma prova da força do filho.
"Você acha que é prova de fraqueza? É prova de força política, e de capacidade de juntar, agregar", respondeu.
Ela atribuiu ainda sua eleição ao fato de ser mulher.
"Tive uma votação grande porque sou a primeira mulher a ser ministra (do TCU)".
Ana Arraes também falou a respeito de Aldo Rebelo, seu principal adversário na eleição para a vaga no TCU, terminando em segundo lugar com 149 votos. Ela negou que a disputa vá deixar sequelas, mas reconheceu que Aldo não a parabenizou pela vitória. De acordo com a deputada, telefonaram-lhe Eduardo Campos, o ex-presidente Lula - que também fez campanha para ela - e o presidente do TCU, Benjamim Zimler.
"Se for cultivar sequela, não tava viva. Já passamos por muita coisa na política", afirmou.
A mobilização do PSB em favor de Ana Arraes foi grande e se estendeu até a manhã desta quarta. O governador do Ceará, Cid Gomes, que é filiado ao partido, esteve inclusive no plenário da Câmara. Já Eduardo Campos acompanhou a votação do Palácio do Jaburu, onde se encontrou com o presidente em exercício, Michel Temer, e com o ex-presidente Lula para discutir a reforma política.
Ana Arraes também contou apoio com setores do PSD. Antes, com a renúncia de Jovair Arantes (PTB-GO), ela já havia garantido apoio da bancada do PTB. O Palácio do Planalto, por outro lado, manteve distância da votação, para evitar sequelas na base, já que todas candidaturas foram de aliados.
Fonte: Diário de Pernambuco
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