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    10 de set. de 2011

    Incêndios agravam as consequências da baixa umidade no organismo

    Incêndios agravam as consequências da baixa umidade no organismo

    Thalita Lins
    Publicação: 10/09/2011 08:00 Atualização:

    Pedro Campello teve de sair com a família da casa onde passa férias, na QI 28 do Lago Sul, e dormir em um hotel para se afastar da fumaça (Ed Alves/Esp. CB/D.A Press)
    Pedro Campello teve de sair com a família da casa onde passa férias, na QI 28 do Lago Sul, e dormir em um hotel para se afastar da fumaça

    Além da seca e do calor — ontem, foram registrados 15% de umidade do ar e temperatura de 32°C —, os brasilienses sofrem com a
    atmosfera carregada de fuligem e restos de combustão de vegetais queimados durante os incêndios que atingiram a Floresta Nacional (Flona) e a Reserva da Base Aérea Militar. A poluição aumentou ainda mais a procura pela emergência em hospitais e postos de saúde do Distrito Federal. Desde então, o Hospital Regional da Asa Norte (Hran), referência em pneumologia no DF, não para de atender pessoas com problemas ocasionados pelo clima. “Hoje (ontem), o Hran estava muito cheio, possivelmente por conta das fumaças que se alastraram”, disse a coordenadora de alergia e imunologia da Secretaria de Saúde do DF (SES-DF), Marly da Rocha.

    De acordo com a médica, é natural que as filas dos prontos-socorros das unidades da rede pública de saúde cresçam com a seca e os incêndios. “A população tem dado entrada com sangramento no nariz, dor de cabeça, tosse seca. E, para piorar, a fumaça é um fator irritante aos olhos, às mucosas e também ao nariz e aos pulmões. É como se estivéssemos fumando cigarro”, enumerou Marly. Entre as doenças mais recorrentes estão sinusite, rinite, otite, amigdalite e conjuntivite não bacteriana. “Para que casos como esses não sejam tão frequentes, as pessoas têm que beber bastante líquido, alimentar-se bem e evitar exposição prolongada ao sol, entre outras coisas (veja quadro)”, finalizou.

    Pelo menos até amanhã, a população terá de conviver com as complicações geradas pelas queimadas. Dorinha Azevedo, meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), explicou que o vento fraco de 30 km/h registrado ontem em Brasília foi um fator determinante para que a fumaça continuasse na atmosfera. “E, para piorar, não temos previsão de ventos fortes para os próximos dias. Se houver mais incêndios, a situação piora”, anunciou. Hoje, o Inmet prevê rajadas fracas a moderadas.
    O pneumologista e professor do Departamento de Medicina da Universidade de Brasília (UnB) Ricardo Martins salienta que, na época de seca, o ar faz um bolsão e retém a poluição. Com a fumaça, a situação piora ainda mais. “A fumaça passa a fazer parte do ar e, assim, polui e compete com o oxigênio (O2). Em vez de respirarmos O2, acabamos respirando os produtos queimados pelo fogo e isso é preocupante para a saúde. Nesse período, a nossa respiração já é comprometida sem a fumaça, imagine com ela”, expôs o médico.
    Para fugir da fumaça que invadiu a casa onde passa as férias com a mulher e o filho de apenas um mês, na QI 28 do Lago Sul, o oficial de chancelaria Pedro Campello, 33 anos, decidiu pernoitar na quinta-feira em um hotel na Vila Planalto. A decisão pesou porque o pequeno João sofria as consequências do clima seco de Brasília. “Meu filho já estava tossindo. Só voltamos hoje (ontem), por volta das 10h, depois de saber que as condições estavam melhores e porque a fumaça acabou se espalhando para a região onde tínhamos nos hospedado”, afirmou Pedro, que desde o ano passado mora na Tailândia com a família. Em Brasília, ele voltou a adotar alguns dos hábitos já conhecidos pelos brasilienses para amenizar a secura. “Coloco umidificador e espalho toalhas molhadas pela casa”, contou o funcionário público.
    O economista Carlos Guilherme Fonseca, 57 anos, morador da QI 19, no Setor de Mansões Dom Bosco (SMDB), não teve dúvidas ao deixar a residência onde vive com a esposa e os filhos para passar alguns dias em Pirenópolis (GO). “Minha casa ficou toda fechada ontem (quinta-feira). Liguei o ar-condicionado, mas, mesmo assim, entrou fuligem. A respiração do meu filho de 10 meses ficou complicada e, por isso, pensei em sair um pouco de Brasília”, explicou Carlos Guilherme.

    Orientações

    » Beba mais água do que o normal: aproximadamente três litros durante o dia. Beba também água de coco e bebidas isotônicas (com moderação).

    » Evite o consumo excessivo de bebidas alcoólicas e com cafeína, como café, guaraná, energéticos e alguns chás.

    » Molhe a boca e as narinas com água várias vezes durante o dia.

    » Preste atenção aos olhos porque também tendem a ficar ressecados. Molhe-os com água ou use colírios adequados.

    » Tenha atenção especial com crianças e idosos.

    » O uso de aparelhos umidificadores dentro de casa aumenta os níveis de umidade no ambiente, deixando-os em padrões confortáveis para a saúde humana.

    » Panos molhados nos cantos do ambiente interno ou bacias com água ajudam a aumentar a umidade do ar.

    » O uso de cremes hidratantes e protetor solar no corpo auxilia na renovação da umidade da pele.

    » Use protetor labial e manteiga de cacau para evitar que os lábios rachem.

    » Evite a prática de esportes nos horários mais quentes do dia, das 10h às 16h

    » Faça refeições leves, com muitas frutas. Mexerica (tangerina), laranja e melancia são ótimas para hidratação.

    » Evite banhos prolongados com água quente.

    Fonte: Corpo de Bombeiros do Distrito Federal
     
     
     
     

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